domingo, 17 de maio de 2009

Um fim de semana.

- Você deveria ver a esse filme. É genial! É lindo, é universal. Mas ao mesmo tempo é bem específico. A gente sempre espatifa, até que um novo alguém atravesse a rua e tropece nos estilhaços e se reconheça ali, e queira...
- Recomeçar?
- Isso! Exatamente! - Ele falava com tanto entusiasmo, e eu já não ouvia com tanta atenção - O filme é magnífico, sério. Chega a ser meio óbvio, e a gente fica pensando como que alguém não teve a idéia de fazê-lo antes. Fala sobre o amor. Sobre o óbvio, sobre o mínimo. Sobre os mínimos sempre tão óbvios...
- ahahaha
- É sério. É apaixonante e envolvente.
- 1 mês depois. 1 mês exatos, e você me liga pra dizer que eu preciso assistir a um filme? Sabe, você foi o tal que me deu a chave da frente, e saiu por trás. Eu fui a mulher que comprei o melhor vinho e te disse adeus. Mas engraçado. Houve algum momento entre o "olá" e o "Adeus", em que nós nos amamos e foi de verdade porque mudou a minha vida, revirou os meus passos, me ensinou e demoliu tantas idéias velhas, tantos pensamentos novos.
- Encontre-se comigo. Fale comigo. Assim como no filme, às vezes precisamos de um tropeço, mas é para então, recomeçar...
- Eu não posso te encontrar hoje. Eu não quero te encontrar. Eu não saberia olhar pra você sem estar em teus braços. E agora existe um novo alguém. Sempre há de existir um novo alguém, mesmo sem as chaves da porta da frente, porque eu não sei, e não quero viver sozinha. Eu vou assistir ao filme. Isso é tudo que posso te prometer agora. Mas nós dois, meu caro... Nós dois somos tão específicos quanto universais. E embora encantador, isso é tudo.

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