segunda-feira, 8 de junho de 2009

Existe algo de insustentável no nosso encontro.

Eu atravessei a rua segurando todo o choro, insistindo que respirando fundo e mentalizando que eu precisava esperar abrir a porta de casa para sim, desabar, perder o equilíbrio, chorar meu desconforto, assobiar os meus medos.
Me desconcerta, me desequilibra, o coração acelera e é difícil conter o meu querer, é como se eu precisasse socializar os meus impulsos, adestrar um vulcão. Entende assim?
Eu tropecei no querer que me revelou um gostar irreversível, mas que não está ao meu alcance. É tão difícil aplicar a teoria na prática, porque o sentir é desgovernado e venta, espatifa, quebra, move, revira e depois faz sentido.
Penso em fechar as janelas e a porta. Em voltar para dentro e não permitir que você avance e leve as minhas palavras na areia. Penso em romper. Abortar.

É preciso que haja um tempo para dizer adeus.
Adeus e seja feliz. Resolva a tua vida da forma mais linda. Plante tuas sementes em jardins reais, onde seja possível o cuidar. Onde seja possível o colher.
Não posso ter você ao redor. Não posso ter a ilusão de um você que não existe.

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